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3 artistas independentes para você conhecer mais música alternativa brasileira!

Por: Gustavo Morais

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Por definição e entendimento do senso comum, a música alternativa consiste na reunião de vários subgêneros musicais que estão relacionados por suas influências, mas que não se encaixam em nenhuma outra classificação conhecida. Geralmente, o “estilo alternativo” é assumido pelo artista que opta por não limitar seu trabalho dentro das características de um determinado gênero musical. Pensando nesta manifestação artística tão ímpar, nós selecionamos três artistas para você conhecer um pouco da cena alternativa brasileira. Vamos lá?

Geraldo Júnior – Alternativo tipo exportação

Na estrada desde 1994, o cearense Geraldo Júnior é cantor, compositor e performer. Escudado por uma banda que contém sete músicos, o artista já lançou os discos Dr. Raiz (2005) – ainda como o grupo Dr. Raiz-, Calendário (O tempo e Vento) (2007), Warikidzã (2012) e Forrós Eletrônicos, Toadas Digitais (2013). O single mais recente é a bela Natureza. Abaixo, você confere uma eletrizante apresentação da faixa Joana Madrugou.

Em sua longa carreira independente, além de shows em cidades e festivais do Brasil inteiro, Geraldo Júnior já mostrou sua arte em vários países da Europa. Uma das apresentações mais emblemáticas, com toda certeza, rolou durante a Cerimônia de passagem da chama olímpica da Grécia para o Brasil, no Estádio Panatenaico, em Atenas, na Grécia.

Processando e assimilando outras influências, mas sempre conectado à sua identidade cultural, Geraldo Júnior tem uma inquietude musical que é um deleite para os ouvidos antenados no que há de melhor na cultura brasileira. O trabalho dele mistura sertanejo raiz, ritmos nordestinos, rock modernoso, performance teatrais e tudo mais que for possível.

Dom Pescoço – Tropsicodelia que vem do campo

Surgida em 2014, na zona rural de São José dos Campos, interior de São Paulo, a banda Dom Pescoço é formada por Rafael Pessoto (guitarra/voz), Gabriel Sielawa (cavaquinho/voz), Passarinho (bateria/voz) e Dom Oliveira (baixo/voz). Em seu horizonte criativo, o quarteto sempre teve uma atmosfera que resultou em uma alquimia sonora formada por psicodelia, forças da natureza, suingue, energia, música latina e, claro, sonoridades brasileiras.

Banda Dom Pescoço faz um som de ótima qualidade

Dom Pescoço faz música surrealista (Foto/Facebook)

Com as antenas sintonizadas na questão autoral, a banda estreou no mercado com single Cuba Corazón. Lançada em 2015, a música colocou o grupo no circuito e, de certa forma, abriu portas para que rolassem apresentações em uma porção de locais de responsa, entre os quais se destacam: TV Cultura, Sesc e Sesi, Virada Cultural, Memorial da América Latina e vários festivais. Em 2016, os caras lançaram o EP Temperar. O trabalho contém cinco faixas, incluindo o single Manhã, cujo clipe traz uma atmosfera estética de surrealismo com uma mensagem de fomento ao despertar crítico.

Na melhor das definições, segundo os próprios integrantes, o som da banda Dom Pescoço “mistura tropical com psicodelia, pós-tropicália. Tropsicodelia!”.

Coronel Pacheco – Amálgama sonora perfeita 

No formato trio, na cidade de São Paulo, a banda Coronel Pacheco deu seus primeiros passos em 2010. De lá pra cá, o trio virou quarteto e atualmente é formado por Luiz Hygino (guitarra e voz), Eduardo Barreto (guitarra e voz), Bruno Brandão (bateria e voz) e Rodrigo Passeira (baixo). A estreia em disco rolou em 2012, com o álbum Volume 1. Na esteira de lançamentos do quarteto, também constam o EP Não Parece Tão Legal Agora (2014) e o álbum Petit Comité (2016).

banda faz indie, brega e tudo mais!

Coronel Pacheco bebe na fonte de inúmeras influências (Foto/Facebook)

Em músicas como Bismarck, Sol Nascente e Sofia, a banda mostra suas inúmeras referências, que vão do swing do brega às guitarras do indie rock, passando ainda pelo carimbó. Segundo os próprios integrantes, “é rock, mas bem poderia ser trilha sonora de ‘Mulheres de Areia'”. Mais brasilidade alternativa? Impossível!

Desafio: experimente ouvir o som da Coronel Pacheco e ficar quieto…

É só a ponta do iceberg…

Curtiu o som dessa galera, amigo leitor? O mestre Tom Zé deve sentir um baita orgulho dessa rapaziada, não é mesmo? Além do brega classudo da Coronel Pacheco, da inquietude caleidoscópica de Geraldo Júnior e do surrealismo sonoro da Dom Pescoço, a música alternativa brasileira tem talentos espalhados do Oiapoque ao Chuí. Para mergulhar nessa cena, que não para de crescer, nós recomendamos que você se ligue na playlist que preparamos com todo cuidado do mundo!

Gustavo Morais