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Com rimas afiadas e sonoridades variadas, Jhef fortalece o discurso do rap moderno

Por: Gustavo Morais

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Cantor, compositor e produtor musical, Jhef se destaca por sua versatilidade. Entre outros hits, ele escreveu “O Grave Bater” e “Tô Apaixonado Nessa Mina”, do Kevinho; “Melhor do Baile” e “Eu Vou”, da Dani Russo; e “Desce Tequila”, do MC MM.

Depois de lançar singles avulsos e clipes badalados, ele acaba de divulgar o disco “Maloqueiro Iluminado”. Acostumado a criar músicas que caem no gosto do público, ele lançou um álbum que mais parece uma coletânea de grandes sucessos.

Jhef mostra o melhor do R&B (Imagem/Divulgação)

Ao longo das 22 músicas do álbum, Jhef não desperdiça a oportunidade de mostrar o seu arsenal de influências. Com bastante propriedade, ele transita por Rap, pop, R&B e flerta com o funk. Na densa “Assim Que É”, por exemplo, ele faz uma referência ao RZO e desfila suas rimas conscientizadoras. O tom meticuloso segue com as não menos impactantes “Paz, Justiça e Liberdade”, “Social” e “Maior Riqueza”.

Como nem só de letras engajadas vive o rap moderno, Jhef dá voz ao seu lado mais festivo e narra algumas cenas comuns do cotidiano “da quebrada”. Em “Acelerei”, por exemplo, ele rima sobre “o rolê” de ter um carro turbinado e se desviar das possibilidades de embarcar em rolês errados. Já na música “Um Brinde”, o artista reflete sobre as vitórias conquistadas ao longo da carreira.

(Imagem/Divulgação)

Por fim, mas não mais importante: apesar de ter 22 músicas, número elevado para os padrões atuais da indústria, “Maloqueiro Iluminado” passa longe de ser um disco cansativo. Além de rimas bem arquitetadas, a ótica de produtor de Jhef deu ao álbum os elementos sonoros exatos para impedir o surgimento da péssima sensação de que as canções são meras variações de um mesmo tema. Graças ao bom repertório e à atmosfera alto astral dos arranjos, o CD é bom para as mais variadas ocasiões.

Gustavo Morais