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DSTN lança disco que surpreende, impressiona e resgata o lado vigoroso do rock

Por: Gustavo Morais

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Diretamente da cidade de Limeira (SP), a banda DSTN é formada por Gui Ferraz (voz/guitarra), Felipe Tofoli (baixo/voz), Gabi Archangelo (guitarra)Murilo Brasil (bateria). Na estrada desde 2017, o quarteto faz um som energético, dançante, caliente e acima de tudo, rock and roll.

Em 2019 o grupo lançou seu disco de estreia, Dancing n’ Smoking Till Noon. Todo cantado em inglês, o álbum apresenta 10 faixas autorais e resgata a onda do rock conduzido por guitarras. No que diz respeito à sonoridade, as canções são do tipo que impressionam pelo vigor. Com bastante esmero, os caras conseguiram tirar um som nítido, potente e arrasador.

Dancing-n’smoking-till-noo, disco de estreia da DSTN

Disco da DSTN já começa diferente pela capa (Divulgação)

Voltando ao tempo em que os artistas ousavam mais, o disco abre com a vinheta Get High. Num clima de lual e ligeriamente arrastado, essa singela canção fala diretamente com a mente da galera que quer abrir as portas da percepção. Na sequência, uma introdução seca e com guitarras distorcidas anuncia a chegada do single Young Folks, uma faixa que lembra os momentos menos acústicos das bandas de hard rock. Porém, numa ótima sacada, a banda adicionou a dinâmica pop necessária para que a canção não fique perdida nas tendências do mercado fonográfico atual. Ponto pra eles!

Em seguida, a vibrante Red Lips faz o surf rock tomar conta do ambiente! Com direito a um trechinho cantando como se fosse um rap, essa faixa é uma excelente amostra de que não há barreiras culturais para a boa música. Já em Sand Thought, o quarteto diminui a voltagem e entrega uma canção lenta, envolvente e arrastada. Impossível não notar certa semelhança com a poesia hipnotizante do The Doors.

Banda DSTN é das gratas surpresas no rock

DSTN faz um som ousado, instigante e realmente marcante (Foto/Divulgação)

Outro momento notável do disco é Mexican Love. Com toques de música latina, um arranjo de guitarra milimetricamente arquitetado e momentos que remetem a batida da ala mais pueril do pop rock dos anos 60, essa música consegue ser incrivelmente sedutora. Já na dançante Little Bit, a DSTN mostra que tem a receita para fazer um rock dançante, do tipo que cabe nas baladas mais animadas e melhores playlists rockers.

DSTN mostra qual caminho o rock deve seguir

Quarteto faz um som que surpreende e impressiona (Foto/Instagram)

Por fim, mas não menos importante: apesar de jovem, a DSTN tem a maestria de uma banda veterana. Isso é reflexo do talento individual de cada membro, que faz com que a química entre os músicos seja percebida a cada faixa ouvida.

Muito além de um ótimo disco de rock, Dancing n’ Smoking Till Noon é um trabalho que surpreende e impressiona. Os arranjos transitam entre o entre o vintage e o moderno, mas sempre nas coordenadas que não os fazem pecar pelo exagero. Além de bem sacadas, as letras dispensam qualquer clichê de melancolia ou de “fofura gratuita” que emoldura o cenário atual do rock.

No fim das contas, a banda deu ao mundo um álbum que vai resistir ao teste do tempo. Daqui 2, 5 ou 10 anos, ouvir o disco de estreia da DSTN continuará sendo uma ótima experiência sensorial.

 

Gustavo Morais