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PIB Criativo pós-pandemia: entenda os conceitos dessa indústria

Por: Laryssa Costa

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O PIB Criativo pós-pandemia é um assunto que interessa não só apenas a estudiosos e a economistas, mas também à classe artística. Nesse sentido, ele será reflexo da produção econômica desenvolvida nos últimos meses e que uniu tecnologia e cultura, levando entretenimento às pessoas durante a quarentena. 

Mais do que isolamento, este foi um período que exigiu criatividade por parte de quem produz arte, para levá-la a mais pessoas de maneira acessível. No Brasil, além do PIB Criativo ser assunto resultante da economia criativa, ele perpassa a área de políticas públicas e secretarias nacionais. 

Logo, se você é músico ou faz parte do music business e está perdido, vem com a gente aprender mais sobre esse assunto!

Afinal, o que é PIB Criativo?

Antes de tudo, é preciso compreender que o conceito de Economia Criativa e PIB Criativo são recentes. Portanto, eles não apresentam só um significado e é normal que você não tenha ouvido falar com frequência. 

Assim, como o nome sugere, o PIB Criativo é o resultado da Economia Criativa, construída a partir da união da criatividade com práticas econômicas. Dessa maneira, os elementos que geram renda são as ideias, inovação de processos e demais segmentos que utilizam do criativo de seus produtores para existir.

Quer um exemplo? Neste momento você pode ler este texto pelo seu celular, no conforto da sua casa. Mas, para essa atividade acontecer, alguns softwares tiveram que ser desenvolvidos para que sua leitura fosse prazerosa e dinâmica. Mais do que ler, a roupa que você está usando pode ter sido fruto da ideia de um designer, que utilizou da indústria para confeccioná-la. Um documentário, um evento ou uma obra de arte que gera reflexão e entretenimento também fazem parte deste modelo econômico, existente há anos e pouco discutido. 

Mas Palco, como essa cadeia produtiva pode afetar o mundo da música? Ao mesmo tempo que ela une tecnologia e ideias para existir, ela abraça o campo da cultura, artes e patrimônio, delimitando nichos específicos de atuação. E é aqui que a música entra, como parte fundamental no campo das expressões culturais, artes dramáticas e audiovisual.

Qual a importância da Economia Criativa e como ela impacta na música?

Primeiramente, essa economia gera empregos e desenvolvimento para o país, com crescimento considerável mesmo nos momentos de crise causada pela pandemia. Ou seja, mesmo com infraestrutura precária, a economia criativa permanecerá, visto que sua fonte de recursos sempre vai existir e gerar receita. Assim, ela é dividida em 20 segmentos, dentre eles alguns como:

  • Artes cênicas e visuais
  • Música
  • Literatura e mercado editorial
  • Audiovisual
  • Animação
  • Games
  • Publicidade
  • Rádio
  • TV
  • Entretenimento
  • Eventos
  • Turismo cultural

Logo, já deu para perceber a música presente neste cenário, não só no seu segmento, mas nos demais que dependem dela para o seu sucesso. Aqui, a música está nas trilhas do audiovisual e games, rádio, TV, eventos e até no turismo cultural, quando há a viagem para grandes festivais. 

Já no campo da música mesmo, a inovação e a criatividade têm revolucionado a indústria fonográfica em todo mundo. Desde que a internet tornou-se mais acessível, o consumo de canções foi transformado radicalmente, diversificando as fontes de receita. Alguns estudos nessa área também apontam a necessidade de inteligência de mercado nessa área.

Novas maneiras de produção: o marketing e o streaming

As transformações dos produtos físicos como CDs, vinis e fitas cassetes em cliques na sua plataforma de streaming favorita fazem parte desse processo. Assim, cada reprodução feita também arrecada e distribui direitos autorais junto ao ECAD, beneficiando artistas e a economia do país. Exemplo disso, em janeiro de 2020 foram distribuídos cerca de 132 milhões de reais para 69 mil autores, artistas e demais participantes de cada fonograma.

Porém, com a pandemia causada pelo novo coronavírus, um novo produto foi criado de forma sustentável e é provável que continue mesmo com o fim da quarentena: as lives.

pib criativo pós-pandemia
Live também é economia criativa (Foto: Yan Krukov/Pexels)

Seja em projetos independentes, seja patrocinado por marcas, elas levaram alegria em tempos difíceis, mas também forçaram a readaptação do mercado. Isso porque o investimento em transmissão, equipamento audiovisual profissional e produção remota também vão impactar os shows pós-pandemia e a interação com os fãs. 

Como resultado disso, essa interação também passará pelo campo do marketing, exigindo presença do artista nas redes sociais, acompanhamento de tendências como o TikTok. Além disso, o investimento em marketing pessoal como forma de atrair ainda mais cliques e reprodução de canções será indispensável.

Captação de recursos

Uma vez entendido todos os segmentos da música que também são parte de um produto cultural, é hora de viabilizá-lo para produção, para ele fazer parte da economia. Nesse sentido, é possível que as dinâmicas de produção contem com captação de recursos por meio de Leis de Incentivo à Cultura. 

Assim, os editais para participação podem ser promovidos pelo governo ou por empresas privadas, que abatem o valor de seus investimentos no imposto de renda. Além de shows, intervenções artísticas e exposições, a captação pode contribuir na produção de álbuns e aulas de musicalização. E, para conseguir, é necessário a apresentação de um bom pitch.

Quais as expectativas para o PIB Criativo pós-pandemia?

Agora que entendemos a importância da economia criativa e como ela funciona para a música, já é possível estabelecer expectativas para o PIB Criativo pós-pandemia. Nesse sentido, estudos da ONU já apontavam que 2021 seria propício para o desenvolvimento do setor, gerando milhões de empregos e arrecadação na casa dos bilhões. Logo, em 2022 não será diferente.

Mais do que isso, a busca por profissionais multidisciplinares ficará mais intensa com a volta dos shows presenciais. Pois, as mudanças sociais vividas na pandemia indicam que a digitalização continuará e a procura por esses profissionais, que já existia em 2019, agora será indispensável. 

Como os brasileiros já passaram a incluir o streaming em seus gastos, as plataformas de música e os games continuarão liderando tendências do mercado. Além disso, o PIB Criativo pós-pandemia será o resultado de inovações aceleradas que visam redução de custo ou de produtividade. No nosso caso, será resultado de produções mais artesanais e artistas engajados em causas mais inclusivas que reflitam em sua música.

Você vai fazer parte do PIB Criativo pós-pandemia?

Você ficou com alguma dúvida de como a economia criativa funciona e como sua trajetória musical pode fazer parte do PIB Criativo pós-pandemia? Para saber mais sobre esse universo e como fazer parte dele, acompanhe nossas dicas de carreira ou deixe suas dúvidas nos comentários. Juntos, vamos construir uma rede de informações e transformar o nosso mercado. Vem com a gente?

Laryssa Costa