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Sustentabilidade e inovação: descubra como novo clipe do MC Koringa pode inspirar sua carreira artística

Por: Gustavo Morais

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Joker Beats, alterego de MC Koringa, resolveu apostar em uma mistura inusitada para sua mais nova produção musical: unir o funk carioca com o surrealismo de Salvador Dali. O resultado, como não poderia ser diferente, é mais um hit que promete bombar no verão 2020. Intitulada Pensando Nessa Raba, a música já está rolando nas plataformas de vídeo.

Neste texto, você verá cinco perspectivas que sobre o viés inovador que o clipe do veterano do funk apresenta no cenário. Independente do tipo de música que faça, o trabalho do Koringa reúne 5 lições que podem te ajudar a pensar fora da caixa e – consequentemente – a apostar em trabalhos  inovadores, modernos e cheios de referências marcantes.

Bora desembolar essa questão?

1. Mantendo as raízes

A música se mantém fiel ao estilo que consagrou MC Koringa como um dos maiores intérpretes e compositores deste gênero musical, o funk melody: “O funk é um estilo que exalta a dança, a sensualidade do corpo masculino e feminino, e exalta a alegria de curtir um baile com os amigos e conhecer pessoas novas. Eu procurei não abandonar minha característica musical que é fazer arranjos bem encaixados em uma cadência pra não perder a proposta do funk melody”, justifica.

Lição: jamais despreze seu passado e suas referências artísticas. Porém, construa seu legado de forma que ele se adapte ao presente, isto é, se você toca pop rock, não queira simular o som dos expoentes do estilo.

2. Encontro de gerações

Sobre a participação da funkeira Gabbi, expoente de uma nova geração do estilo, Koringa, alega ter percebido “que ela é uma artista que tem uma grande disposição de conquistar, de vencer no mundo da música, e naturalmente tem um talento notável. Eu pensei que seria muito bom poder fazermos um trabalho juntos e que seria mais uma artista que eu teria a oportunidade de lançar e contribuir com o crescimento da carreira”, ressalta.

Canrora Gabbi dança funk no clipe de Koringa, Pensando nessa raba

Gabbi marca presença no novo som do Koringa (Divulgação)

Lição: “o novo sempre vem”, como sacramentou o saudoso poeta Belchior. O artista veterano que dialoga com novas gerações dá show de autoconfiança e empreendedorismo. Além de de promover intercâmbio entre fãs, esses encontros de gerações mostram que as partes envolvidas se enxergam como operários da mesma arte.

3. Um termo da moda

Koringa explica de onde veio a inspiração para compor a música nova: “nós temos visto que a preferência nacional, a bunda, tem recebido diversos apelidos por aí. Antes era o popozão, depois virou rabetão, agora é raba, e assim vai mudando. Baseado nisso, eu criei essa música, falando sobre isso”. Na linguagem funkeira atual, “raba” é o termo da moda.

Lição: o futuro, não pode repetir o passado. Se você pretende atingir públicos mais jovens, é preciso se adequar às novas linguagens e formas de se expressar da nova geração.

4. Doses de elementos cult

Ele também conta como surgiu a inspiração para o clipe, que mistura elementos surrealistas com danças que são características do funk: “quanto ao clipe, buscamos referências do surrealismo. Conversando com o diretor do clipe, Bruno Nalbone, ele trouxe referências como Salvador Dali e assim tivemos a ideia de fazer algo com molduras vivas, onde as bailarinas saem dos quadros para dançar numa exposição de arte, e o Joker Beats seria o artista pintando estes quadros flutuantes, que estariam pairando no ar”, argumentou.

Korinha é pintor surrealista em clipe de Pensando nessa raba

Koringa colocou surrealismo no funk (Divulgação)

Lição: não tenha medo de ousar! A combinação funk + Salvador Dali é um claro exemplo de que é possível equilibrar duas modalidades artísticas diferentes entre si em uma mesma obra. Desde que haja ponderação e bom gosto, é possível fazer combinações inusitadas. Desta forma, que tal encontrar experimentações que ainda não foram feitas e testar no seu trabalho?

5. Arte e sustentabilidade

Dotado de consciência ecológica e pensando na sustentabilidade, Joker Beats resolveu somente usar materiais reciclados para a gravação do clipe: “todas as molduras usadas no clipe foram materiais reciclados, papelões que eu, minha esposa e toda a equipe envolvida buscou e trouxe para o trabalho que foi desenvolvido em conjunto com o artista plástico e designer Túlio Carvalho e deu nisso”, conta.

Lição: a questão da sustentabilidade é uma das engrenagens que mais promovem engajamento na carreira de um artista. O artista que demonstra preocupações ecológicas e cuidados com o meio ambiente, certamente é visto com outros olhos pelo público e pela crítica.

Pensando Nessa Raba

E agora que você já aprendeu 5 lições com o MC Koringa, chegou a hora de conferir como esse rolê funciona na prática. Para isso, basta dar o play e se ligar nos conceitos de produção implementados no vídeo.

Gustavo Morais