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Poesia ácida e instigante de BZ enobrece a novíssima música brasileira

Por: Gustavo Morais

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Natural de Duque de Caxias, o carioca Rodrigo Bezerra é um tatuador apaixonado por funk, rock, hip hop e cultura pop dos anos 90. Atuando como rapper, Rodrigo assume o codinome BZ.

Com quase 10 anos de caminhada, BZ teve uma emblemática passagem pelo extinto projeto La Santa Máfia, que foi produzido pelo Beatbass High Tech. Voando em carreira solo, ele já lançou o EP “É Muito Doido” (2015) e o videoclipe do single “Novos Caminhos” (2016).

Inquieto como todo bom artista, BZ faz em um rap diferente do que está rolando nas paradas e também não navega nas ondas nostálgicas dos ícones das gerações passadas. Suas rimas apostam menos no “romantismo vida loka” e caminham longe da ostentação. Como bom observador que é, o rapper usa do equilíbrio para tecer sua ácida, instigante e cotidiana poesia. Outro ponto notável é a sonoridade. As batidas não são repetitivas e são arquitetadas com muita criatividade. Como consequência, o ouvinte não corre o risco de pensar que já ouviu as músicas “em outro lugar”.

Capa do novo disco de BZ (Imagem/Divulgação)

Atualmente trabalhando na divulgação do disco “Sem Rastro” (2017), BZ pede passagem na lista dos grandes representantes do hip hop nacional. Em sua caminhada, o rapper carioca entrega ao público um trabalho honesto, coerente e livre das amarras arquitetadas pelos caciques que fazem da música um “caixa forte”. No final das contas, a novíssima música brasileira agradece e se enobrece com os frutos desse raro talento.

Gustavo Morais