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Raio-X: em disco eclético, Jowpah mantém o alto nível da música mineira

Por: Gustavo Morais

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Formada por João Paulo (voz/violão), Bruno Leandro (guitarra/voz), Ricardo Araujo (guitarra/voz), Fred Augusto (baixo) e
Tiago Bastos (bateria), a  banda Jowpah tem sete anos de estrada. Com um EP e alguns singles avulsos na bagagem, o quinteto mineiro acaba de lançar seu disco de estreia, “No Caminho Eu Te Explico”.

Gravado com o respaldo da “Lei Municipal de Incentivo a Cultura”, e patrocínio da empresa “Mastermaq Software”, o disco agrupa 10 faixas inéditas e autorais. Neste trabalho, a banda optou por não investir em um único estilo musical e apresenta uma obra que reúne sonoridades de reggae, ska e pop rock. Esse ecletismo conta com a participação do músico mineiro portador de “Síndrome de Down“, Dudu do Cavaco.

Jowpah explica muito bem o caminho (Imagem/Divulgação)

O álbum abre com a deliciosa mensagem positivista da música “Pimenta com Bolo”. Como moldura sonora, a faixa apresenta uma boa mistura de pop rock com ska e até hip hop! O tom alegre do álbum continua na faixa “Eu perco o Juízo”, uma canção que fala sobre o “jogo da conquista”, mas que não apela para os termos pejorativos presentes em boa parte das produções populares da atualidade. Ponto para os mineiros maneiros! Ainda na temática “relacionamentos”, a canção “Tão Bem” é indicada para quem procura a declaração de amor ideal.

Quinteto investe em temas positivistas (Foto/Facebook)

Outros momentos interessantes do disco são as músicas “O Que Eu Sempre Quis” e “Nananow”. Arquitetadas com a riqueza sonora dos naipes de metal, as duas faixas provam que é possível mostrar suas influências sem cometer plágio ou mera imitação. Em ambas canções, os ouvidos mais atentos captam ecos de Paralamas, Tim Maia e Skank.

Por fim, mas não menos importante: felizmente, a Jowpah soa de forma original e, por isso, não abre precedentes para comparações. A atmosfera sonora proposta pelo entrosamento da banda é coroada com o agradável timbre de voz do vocalista João Paulo, que conhece seus limites e cumpre, com louvor, a função de injetar as emoções necessárias para que as letras façam sentido. Desta forma, a cena pop rock da novíssima música brasileira ganha um ótimo reforço!

Gustavo Morais